terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ivan Melo


Ivan Nogueira Melo, nasceu em Belo Horizonte, mas como filho de pastor Batista, Elias Melo, foi criado no Rio de Janeiro, posteriormente morou em Campo Grande-MS e Salvador-BA, a diversidade dessas regiões contribuiu para sua música.

Ainda na infância teve contato com o trabalho de Vencedores Por Cristo, através dos discos de sua mãe, Maria Isabel, mas também teve influência na música cristã do Grupo Milad e derivados. Nomes como Tom Jobim, Ivan Lins, Lenini, Chico Buarque, Almir Sater, Flávio Venturini, Telo Borges e outros, despertaram seu interesse pela música brasileira e são fontes de referências.

Ivan entende que a música constrói pontes entre as pessoas, por isso, leva a sério o sagrado ofício.


Discografia

1995 - Maura Marta (Caráter perfeito)
1998 - Itamar Bezerra (Cantando a história)
2004 - A Turma do Kit (Na onda dos bonecos) - atuando no vocal
2009 - Som de Passarim - CD autoral, atuando como compositor e contando com participações de João Alexandre e Jorge Rehder.
2010 - Povo da Aliança - Recebeu um convite para a participação do projeto da IPB com Charles Melo (ex-VPC), junto com outros compositores e intérpretes, sendo que neste CD duas músicas são de sua autoria em parceria com Charles - "Mesa farta" e "Tu És o Rei".

Atualmente prepara o repertório de seu segundo CD "Na Caminhada" e conta com diversos parceiros como: Isaías Oliveira (São Paulo), Marcus Américo (DF), Stênio Marcius e Selma (SP), Ramon Goulart (BH), José Barbosa Jr (RJ) e Jerio Pereira (BH).
 
Vídeo - Música: "Som de Passarim"
 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Rebanhão


Rebanhão foi uma banda de música gospel brasileira que teve seu início no fim da década de 1970, com Janires Magalhães Manso, e findou em 1999, tendo como lider Pedro Braconnot.

História
As raízes da banda foram em São Paulo, com Janires, Lurdinha, Mike e Carrá. A primeira apresentação aconteceu em 1979, quando houve um boicote geral das igrejas da época por julgarem Janires e seu grupo como hereges. Mas ainda assim, o grupo venceu o preconceito e seguiu em frente.

No início da década de 1980, Janires foi para o Rio de Janeiro. Na cidade maravilhosa conheceu o tecladista Pedro Braconnot, o baterista Kandell Rocha, o guitarrista André Marien e o baixista Paulo Marotta e formou um novo Rebanhão. Mas foi juntamente com o vocalista e guitarrista Carlinhos Félix, com o percursionista Zé Alberto, Pedro, Paulinho e Kandell que Janires gravou o primeiro disco da banda no Rio de Janeiro, em 1981, com o título de Mais doce que o mel.

A banda Rebanhão se manteve até o ano de 1999 e passou por várias mudanças no decorrer do tempo. Em 1984 quem se despediu foi o pioneiro Janires, que se mudou para Belo Horizonte, onde formou a Banda Azul. Ainda início dos anos 80 saíram o baterista Kandell e o percursionista Zé Alberto. Nesta mesma época integrou-se no grupo o baterista Fernando Augusto (Tutuca). A banda se manteve com a mesma formação até o início dos anos 90, quando Tutuca, Carlinhos Félix e Paulinho Marotta deixaram a banda.

Após esse período passaram pela banda vários músicos. Em 1994 a formação era: Pedro Braconnot (teclados e voz), Pablo Chies (guitarra), Murilo Kardia (baixo), Dico Parente (violão e voz) e Rogério (bateria). A última formação contou com Pedro Braconnot (teclados e vocal); Rafael Fariña (bateria); Ismael Maximiano (guitarra e vocal);Fábio Carvalho (baixo e vocal).

Estilos musicais
Diferente da maioria das músicas cristãs do inicio dos anos 80, as canções do Rebanhão eram modernas e revolucionárias com letras bem elaboradas e que transmitiam a mensagem de Cristo de uma maneira diferente até então. O repertório do grupo era composto de ritmos como o Rock and Roll, Country, Jazz, além da musicalidade brasileira: Samba, Baião, etc. Nos primeiros álbuns, a maior parte das composições eram de Janires. O engenheiro Paulo Marotta, ex- integrante da banda, descreve de maneira bem clara a proposta da música de Janires Magalhães Manso:

"Ironizava os políticos corruptos, os comerciais da TV, parodiava filmes e novelas, falava das realidades, de sonhos, fracassos e frustrações, do pecado e da miséria resultante, para apresentar, em fulgurante contraste, a estonteante luz, a estupenda graça e a infinita paz de Jesus Cristo".

Após a saida de Janires, o Rebanhão se tendeu mais para o estilo Pop e Pop Rock, mas sem abandonar totalmente suas raízes.

Discografia

1979 - Fita K7
1981 - Mais doce que o mel
1983 - Luz do mundo
1984 - Janires e amigos
1985 - Semeador
1987 - Novo dia
1989 - Princípio
1991 - Pé na estrada
1994 - Enquanto é dia
1996 - Por cima dos montes
1999 - Vamos viver o amor

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rebanh%C3%A3o_(banda)
 
Vídeo - Música: "Selo do perdão"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Grupo ELO


No início da década de 1970, o maestro Dick Torrans, do Instituto Bíblico Palavra da Vida reuniu oito jovens e formou um grupo musical. O objetivo era divulgar os ideais cristãos através da musica evangelica. Apresentaram-se em praças, ginásios, igrejas, dentre outros espaços públicos. Em Junho de 1976, impressionado pelas músicas de Jayro Trench Gonçalves e Paulo Cezar,(membros dos oito) Tim J.Schlener (cunhado do Jayrinho) gravou pela primeira vez as músicas dos dois. Faltando música pra completar a gravação, Tim pediu que eles incluíssem uma música que o grupo da Palavra da Vida cantava por título "Calmo, Sereno e Tranqüilo", autoria, Ivan Borges (a única musica não de autoria de Jayrinho ou de Paulo Cezar na gravação), membro dos oito do grupo Palavra da Vida. O que começou como brincadeira de fim de semana em Atibaia, acabou sendo o LP "Calmo, Sereno e Tranquilo" (produção de Tim e Jayro), lançamento particular dos dois e o início do futuro da Editora Musical Elo. O LP não foi aceito pela Palavra da Vida em São Paulo, mas finalmente foi lançado pela Editora Musical Elo no fim de 1978.

Devido às diferenças de estilo de música, Jayro Trench Gonçalves, Paulo Cezar da Silva e Dick Torrans decidiram sair da organização Palavra da Vida e formaram juntos a Editora Musical Elo. O primeiro LP foi lançado em 1977, com o título de "Nova Jerusalém". O LP foi de autoria de Jayro Trench Gonçalves, Paulo César da Silva (Grupo Logos) e Dick Torrans, uma produção Dick Torrans e a " Editora Musical Elo" apresentado pelo quarteto Elo, Jayrinho, Paulo, Nancy e Nilma. Em 1978 trabalho no segundo (LP) do grupo com a mesma autoria e cantado pelo Quarteto e mais a Inaye como solista começou e este LP foi lançado em 1979 na programação Geracao79, o titulo deste disco foi "Ouvi Dizer". Nesta mesma programação foi lançado pela primeira vez um novo grupo musical que fazia também parte da Editora Musical Elo, Grupo Elo. Os membros deste grupo foram Inaye Gonçalves Schlener ( irmã do Jayrinho), Jayrinho Trench Gonçalves, Paulo Cezar da Silva, Reginaldo Santos, Roberto Fernandes de Moraes, José Raul e Tim J. Schlener (norte americano).

Depois disso o Grupo Elo lançou mais dois LPs: "Nova Cancão" e "Um Dia". Em Janeiro de 1980 o grupo perdeu José Raul, Nilma e Inaye, e ganhou um novo integrante: O argentino Oscar Valdéz.

O Grupo Elo se encerrou de forma trágica, devido a um terrível acidente automobilístico ocorrido em 1981, que finalizou a vida de Jayro Trench Gonçalves, sua esposa Hélia e seu filho André.

Depois do falecimento de Jayro Trench Gonçalves os integrantes da banda se separaram e seguiram carreiras distintas. O vocalista e compositor Paulo César fundou o Grupo Logos ainda em 1981, e mantém o grupo até os dias de hoje. Outro vocalista, Oscar Valdéz, iniciou carreira solo, também na década de 1980, sendo que ainda canta. O baixista Beto Moraes fundou a banda Estação Luz, já na década de 1990. Baterista do grupo, Tim J. Schlener fundou Elo Media Productions,U.S.A.

Em sua existência, o Grupo Elo ficou conhecido em todo Brasil e também no exterior. Seus trabalhos foram amplamente divulgados no rádio e até na televisão.


Grupo ELO (vídeo não-oficial) - Música: "Me faz"


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Jairinho


UM SERVO CALMO, SERENO E TRANQUILO
Autor: Ivan Cláudio Pereira Borges

Jairo Trench Gonçalves, conhecido no meio evangélico como Jairinho - para diferenciar do Dr. Jairo Gonçalves, seu pai - foi um jovem talento musical das décadas de 70 e 80. Quando nos conhecemos ele já tinha composto várias músicas inspiradoras de louvor a Deus. Sua amizade e seu exemplo de fé e seriedade para com as coisas de Deus são tesouros preciosos que guardo com carinho. No entanto, não creio ser a pessoa mais indicada para dizer em profundidade sobre ele. Talvez o Paulo César da Silva, o Paulão, do grupo Logos, e antigo companheiro de jornada no ELO seja quem possa traçar um perfil mais substancial da vida e da carreira desse nosso irmão querido. Assim mesmo, como uma homenagem póstuma, passo a narrar um pouco da história do Jairo, com uma visão muito particular, muito embora alguns dados biográficos sejam de conhecimento geral.

Jairo Trench Gonçalves era o único filho homem em meio a quatro meninas. Morou num bairro nobre da cidade de São Paulo, capital. Seu pai, Dr. Jairo Gonçalves, filho de portugueses, era nas décadas de 70/80 (provavelmente ainda é), um próspero empresário. Homem inteligente e muito crente, Dr. Jairo desde cedo, ele e sua esposa davam testemunho aos filhos de uma fé firme e inabalável.

Pelos idos de 1970, Jairinho conheceu a Cristo, entregando sua vida a Ele e tomando a decisão de servir a Deus de forma exclusiva. Partiu então para o Instituto Bíblico Palavra da Vida para preparar-se nos estudos teológicos. Completou os estudos em 1974. Ali, conheceu Hélia, com quem iria casar-se no início de 1975, em São Paulo. Foi no início deste ano que o conheci, pois estava chegando para os meus estudos naquele Instituto Bíblico.

Quando cheguei ao então Instituto Bíblico Palavra da Vida, em Atibaia, São Paulo, em 1975 para iniciar meus estudos teológicos, minhas expectativas para com a Organização Palavra da Vida eram as melhores. Através dos acampamentos por ela promovidos, e dos empreendimentos evangelísticos, notava a consistência entre a fé e a prática dos seus missionários. Eram pessoas alegres, convictas de sua fé cristã, e dispostas a proclamar o Reino de Deus pelo Brasil, não importava a ocasião e o local. Parte desta imagem deve-se muito à musicalidade dos missionários e de outras pessoas que os ajudaram a formar grupos vocais de boa qualidade que, com simplicidade, proclamam até hoje a mensagem do evangelho.

Pelos idos de 1970, enquanto o mundo jovem não cristão era sacudido constantemente pôr grupos musicais revolucionários, conquanto sua mensagem fosse a imoralidade sexual e a experiência com drogas, como The Beatles, ainda gravando, Led Zeppelin, iniciando a carreira, Yes e Emerson, Lake and Palmer, e tantos outros, a Igreja evangélica no Brasil dava ainda passos modestos na criação de melodias próprias e elaboração de arranjos musicais de qualidade. Poucos eram os discos gravados por evangélicos. As igrejas dispunham ainda de grupos corais, organistas e pianistas muitos bons para os cultos. No entanto, as melodias eram as produzidas na América do Norte e as clássicas da Reforma do século XVI, vindas da Europa. Não se viam grupos vocais pequenos de qualidade. Alternavam-se grupos corais e quartetos, em geral, masculinos, que cantavam músicas tradicionais, na maioria hinos com algumas variações no arranjo. O grupo de oito pessoas escolhidas pelo maestro Dick Torrans, missionário da Organização Palavra da Vida, recém chegado dos Estados Unidos, causou grande impacto, pois cantavam músicas próprias – Jairinho compôs "Nos montes eu vou, com Cristo eu estou, nos vales campinas, com meu Salvador..., etc." e outras - , na sua maioria, com melodias lindas e vozes muito boas. Este grupo apresentava-se nas praças, nos ginásios de esporte, em pequenas ou grandes igrejas, sempre com sorriso nos lábios e muita espiritualidade. Deste grupo maravilhoso, Paulo César da Silva, o Paulão, e Jairo Trench Gonçalves, o Jairinho, viriam a formar anos mais tarde o Grupo Elo, juntamente com Nilma, esposa de Paulo, e Nancy, esposa do maestro Dick Torrans, que era quem provia o grupo de arranjos vocais e instrumentais, participando, inclusive da execução destas músicas ao piano.

Nos primeiros meses de 1975, já estudando no Instituto Bíblico Palavra da Vida, hoje Seminário, conheci o Jairinho. Vi-o apenas de longe, correndo de um lado para o outro na Estância Palavra da Vida, preparando-se para seu casamento com a doce Helia, que iria realizar-se dias depois na cidade de São Paulo, na Igreja dos Irmãos Unidos. Foi uma bela cerimônia, embalada por lindas melodias escolhidas a dedo por ele, inclusive com uma das mais belas canções evangélicas para casamento composta pelo Jairo: "Deus de Amor fica conosco, agora e para sempre amém. Dá-nos a bênção de sermos para sempre fiéis a Ti...etc." Aliás, após esta onde ao matrimônio cristão, muitos outros compositores evangélicos o imitaram, fazendo músicas especiais para seus próprios casamentos.

Nossa amizade intensificou-se seis meses depois quando Jairo tornou-se missionário da Palavra da Vida. Sua intenção era prover a Palavra da Vida de mais música, abrir espaços, ter novos horizontes. E eu queria fazer parte deste projeto, mesmo tendo que despender grande parte do meu tempo nos estudos teológicos. Jairo era uma pessoa sensível, de grande musicalidade, capaz de formular idéias, compor poesias simples, sem ser comum, ingênua ou mesmo fútil.

Passava horas com seu violão, ou mesmo diante do piano, cantarolando até que a melodia viesse. Jairo também era um perfeccionista. Utilizou todos os recursos que possuía, para munir-se de instrumentos musicais e outros equipamentos para produzir música de qualidade.

No início, muito tímido, não quis ferir susceptibilidades, principalmente do presidente da Organização Palavra da Vida, Haroldo Reimer, de notória inflexão quanto a certos aspectos puramente acessórios na música, segundo a minha opinião, como a utilização da bateria. Haroldo era ferrenho adversário da postura musical dos Vencedores Por Cristo, que naquela época introduziram vários instrumentos ainda não bem aceitos pela comunidade evangélica brasileira. Jairo tomou seus cuidados. E, o primeiro disco lançado por ele, Calmo, Sereno e Tranqüilo, cujo título é o mesmo da música que compus, tinha apenas violão - um Ovation - novidade na época, pelo menos para mim, e, quando muito, um contrabaixo. Ouvimos juntos, dentro de seu automóvel, a gravação ainda sem mixagem. Mostrou-a ao Paulo também, pois queria saber nossa opinião a respeito dos arranjos, das letras, enfim sobre toda a produção, para que nada viesse a comprometer seu primeiro projeto com o selo Palavra da Vida, e que dependia da aprovação do Haroldo Reimer.

Haroldo enfim aprovou, e aquele primeiro disco teve boa repercussão no meio evangélico. Escolhemos a capa. Inicialmente, pensamos num barco no meio do oceano em maré calma, flutuando sob um lindo sol. Depois, com mais calma, achamos que deveríamos inovar. Fazer algo que chamasse a atenção. O pergaminho como moldura e a figura de um velho carregando seus feixes contrastava com o título, dando o impacto que queríamos. Deu certo. Era um disco de arranjos simples, letras simples, escrito sobre um pergaminho, incentivando a meditação.

Depois disto, Jairinho investiu tudo num pequeno grupo de vozes para ajudar o Haroldo em suas viagens evangelísticas. Estivemos juntos por oito meses, dos quais, cantava conosco e pregava nas igrejas por onde íamos. Ao final do ano de 1975 desmembramo-nos, e Jairo, queria mais liberdade para compor e acompanhar a evolução musical da época e desta forma, para fazer isto, viu que seu espaço era muito restrito na Organização. Juntamente com o maestro Dick Torrans e Paulo César da Silva formaram o Elo. A partir daí vi o Jairo sorrir. Estava livre para sonhar. Foi para São Paulo, montou todo um aparato para gravação e impressão, que funcionava no mesmo prédio do Mapa Fiscal Editora, de propriedade de seu pai. Convidou-me para ajudá-lo, mas Deus direcionou minha vida para a cidade de Brasília e, daí nos vimos apenas mais umas três vezes.

Ali, em Atibaia, depois em São Paulo, Jairo gravou vários discos. O primeiro foi Nova Jerusalém. Um deles, inclusive, com mixagem nos Estados Unidos. Saiu em campanhas evangelísticas, tendo seu pai por pregador. Participou do mega evento Geração-79 como monitor e conferencista. Estava à pleno vapor, quando em 1981 veio a falecer em um desastre de automóvel na estrada vicinal que dá acesso à Estância Palavra da Vida, em Atibaia. Morreu jovem. Ele sua esposa Helia e seu filho mais novo, ainda bebê, André.

Deixou-nos grandes saudades, pois sua alegria, seu bom humor, sua espiritualidade, foram plenamente refletidas nas melodias e letras que nos legou. A música Um Dia demonstra, como poucas, a maneira simples e harmoniosa de Jairo em narrar as coisas espirituais de forma profunda, porém acessível. Foi seu testemunho de fé gravado para sempre. Outras, marcaram circunstâncias em que Deus lhe falou muito de perto, como seu próprio casamento, cuja melodia acima já mencionei, e o ambiente dos acampamentos da Palavra da Vida, registrado na melodia Nos montes eu vou, com Cristo eu estou, nos vales, campinas, com meu Salvador...".

Jairo teve opositores. Foram poucos. Pessoas que reconheciam seu talento, contudo, acusavam-no de viver um ministério inautêntico, pois muito de seu sustento vinha de contribuições de seu pai. Mas tinha ele alguma culpa por ser filho de uma pessoa de posses e que investia no seu ministério? Aliás, é bom que se diga, Dr. Jairo Gonçalves, mesmo sendo um homem aquinhoado, sempre consagrou o que possuía a Deus. Quantas e quantas vezes o Dr. Jairo saiu pelo interior de São Paulo, com sua Veraneio do ano, repleto de bíblias e folhetos para disseminar o evangelho da graça de Deus. Quantas vezes saía de São Paulo, afastando-se de sua concorrida agenda de negócios e como Juiz do Trabalho para dar aulas no Instituto Bíblico Palavra da Vida, hoje Seminário.

Os domingos de pai e filho, enquanto Grupo Elo, foram dedicados à disseminação do evangelho, pois agora saíam juntos. O filho cantava, e o pai pregava. O Jairinho tinha dinheiro sim, mas fez deste um instrumento para servir a Deus. Poderia ter jogado tudo para o alto e viver tranqüilamente em qualquer lugar do planeta. Mas julgou ser mais importante fazer resplandecer o dom que Deus havia lhe dado: o de Levita.

Suas músicas são melodiosas, e as letras refletem a fé de quem amou profundamente a Deus. Procurou incansavelmente o aperfeiçoamento do seu ministério, gravando no exterior, formando um grupo coeso na espiritualidade e na musicalidade. Até hoje, jovens músicos que conheço manifestam sua admiração pela obra deste criativo servo levita de Deus.

Deixou-nos prematuramente. O Senhor sabe o porque. Dr. Jairo e sua esposa criam até hoje os outros dois filhos de Jairinho. O mais velho, também chama-se Jairo, e uma menina, Melissa. Ao meu filho mais velho dei o nome de André Estevão, cujo primeiro prenome é uma homenagem ao Andrezinho, filho mais novo de Jairo e Hélia, que faleceu no acidente automobilístico que os vitimou.

Grupo Elo (vídeo não-oficial) - Música: "Autor da minha fé"



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Janires


Tenho feito um esforço grande para conseguir biografias e colocar aqui no blog, mas não tem sido uma tarefa fácil!

É incrível e difícil de acreditar que não se encontra facilmente biografias de pessoas como Guilherme Kerr, Jorge Rehder, Jorge Camargo, etc.

Minha idéia não é ficar "copiando" e "colando" biografias no blog, afinal o gostoso é escrever mesmo, ainda assim tenho insistido com alguns músicos que me passem suas biografias para que o blog seja original, fonte de pesquisa, e não um apanhado de textos web!

Uns já me enviaram, casos do Saulo Calantone, Carlinhos Veiga, Elly Aguiar, Indio Mesquita e Bruno Albuquerque, outros estão tentando e outros ficaram de enviar .

Nesta minha incansável busca, procurei algo sobre Janires Magalhães Manso, o poeta Janires! Achei algo no Wikipedia, inclusive o categorizando como cantor gospel; nem sei se ele ficaria contente com isso, vi o mesmo texto "adaptado" para músico cristão, mas o texto que achei mais bacana, confiável, e sem dúvida mais próximo, foi o do Paulo Marotta (Rebanhão) que conviveu com o próprio Janires. Este texto segue transcrito abaixo:


Um Cidadão da Jerusalém Celestial
por Paulo Marotta

Conheci Janires em 1979. Ele aparecia de vez em quando nas reuniões de sexta-feira da mocidade de nossa Igreja em Copacabana, no Rio. Era um tipo meio esquisito para os padrões vigentes de beleza e status: magro, esguio, moreno, cabelos desgrenhados, usando um desbotado macacão jeans. O sorriso inconfundível, os dentes muito brancos, como que a dizer "você não me esconde nada", revelava a experiência e o jogo de cintura dos seus tempos de boêmia, e dizia alguma coisa diferente, muito forte, muito boa, algo realmente novo!

Trazia sempre uma música de louvor a Jesus, ou uma palavra, às vezes dura, que nem os pastores ou os líderes daquele grupo se arvoravam a dizer. Um sujeito diferente.

Ele vinha de São Paulo, e da mesma forma com que aparecia, sumia: ficava um tempão sem aparecer. Carregava uma bolsa de couro cru, bem surrada. Dentro dela uma Bíblia daquelas de capa mole, uma muda de roupas e um monte de cópias em fitas cassete de um tal Rebanhão, tipo feitas em estúdio de fundo de quintal, que faziam o maior sucesso no meio da rapaziada.

A capa da fita, em papel cartão acetinado com a impressão em dourado da silhueta de uma pastor com um cajado na mão e uma ovelha ao seu lado, dizia tudo. Na aba menor os títulos: "Jesus, Filho do Homem", "Baião", "Casinha", "Arco-Iris" eram uma pequena amostra da genialidade do seu compositor.

A fita era absolutamente revolucionária. O repertório, eclético: uma mistura original de rock rural, tendendo para o progressivo, com canções bucólicas carregadas de fraseados poéticos.

Nessa época a MPB experimentava um movimento de renovação decorrente da abertura política. A música de Janires revelava influências de Zé Rodrix, Taiguara, Ivan Lins, 14 Bis, Raimundo Fagner, Gonzaguinha, Mutantes, para não falar de Pink Floyd, Beatles, Genesis e tantos outros que naturalmente influenciaram a nossa geração.

É importante falarmos do contexto cultural e musical que estávamos vivendo, para nos situarmos no tempo e no espaço. Desde o início dos anos setenta, algumas coisas começaram a mudar também nos meios eclesiásticos.

Até então, nas igrejas cantavam-se os hinos dos hinários tradicionais. O órgão e o piano eram os instrumentos permitidos. O violão acabava de conquistar sua posição nos meios jovens. Guitarra, baixo, sintetizador e bateria? Proibidos na grande maioria das igrejas. Vencedores Por Cristo, Semente, Elo, Logos, Jovens da Verdade e alguns outros grupos de expressão foram os embaixadores da nova música evangélica, introduzindo com sabedoria e maestria uma nova concepção musical.

Janires foi um dos mais importantes representantes da segunda fase desta renovação musical. Falava das coisas comuns da vida. Ironizava os políticos corruptos, os comerciais da TV, parodiava filmes e novelas, falava das realidades, de sonhos, fracassos e frustrações, do pecado e da miséria resultante, para apresentar, em fulgurante contraste, a estonteante luz, a estupenda graça e a infinita paz de Jesus Cristo, que transformou a sua vida, de um quase marginal e presidiário, em um homem livre para viver a plenitude de uma vida totalmente regenerada.

O Rebanhão era a cara do Janires. Começou ainda em São Paulo. A primeira formação, tomara que eu não esqueça ninguém para não ser injusto, tinha, entre outros, a Lurdinha, o Mike e o Carrá. Então ele resolveu se mudar para o Rio. Acho que foi Jesus quem mandou. Chegou com tudo o que ele tinha: a bolsa, uma mesa de som de 24 canais, um monte de caixas e amplificadores, e uma disposição incrível de tocar e cantar Jesus Cristo onde quer que fosse. Chegando ao Rio, fez logo seu primeiro discípulo: o Pedro Braconnot, atual e incansável líder do Rebanhão, discípulo de Jesus Cristo. Um dia ele e o Pedro foram assistir ao nosso humilde e esforçado ensaio, e nos convidaram para acompanhá-los. Fomos, Kandel Rocha na Bateria, André Marien na guitarra e eu, Paulinho Marotta, no baixo. Assim nasceu a segunda formação do Rebanhão. Logo depois veio o Carlinhos Félix com seu brilhantismo, para completar a formação. Tocar no Rebanhão foi uma das mais fantásticas experiências da minha vida. Janires era absolutamente inusitado! Todos tinham liberdade para criar, e apesar de nossas muitas limitações, aconteciam coisas interessantes. Essa música nos abriu espaços e muitas oportunidades para pregar o Evangelho em praias, praças, teatros, rádios (não posso esquecer do Paulo César Graça e Paz e da Radio Boas Novas em Vila Isabel, no Rio, onde tudo começou), TV, jornais, coretos, estações, e ruas desse Brasil afora. Muitas pessoas ouviram o Evangelho da boca do Janires, e algumas delas tiveram suas vidas transformadas pelo poder do Evangelho de Jesus Cristo.

Três anos depois, Janires sentiu-se direcionado a mudar para Belo Horizonte, onde começou a servir na MPC, ao lado do Marcelo Gualberto, do Carlinhos Veiga e tantos outros. Juntou-se à equipe MPC e formou a Banda Azul, ao lado do Dudu Batera, Dudu Guitarra e Moisés. É claro que essa separação foi dolorosa para nós, creio que para ele também, uma vez que o Rebanhão foi criação sua e se identificava tanto com ele.

Janires era fervorosamente apaixonado por Jesus. Ele tinha visto a miséria de perto. Desde cedo aprendera a conviver com a marginalidade em Brasília. Ganhava a vida como músico; logo se envolveu com as drogas, e o tráfico acabou se tornando um meio de vida. Preso em flagrante, talvez por ser primário, foi transferido para o Desafio Jovem de Brasília, onde teve contato com o Evangelho de Jesus Cristo. Lá, debaixo de muita oração e da disciplina e do amor daquela equipe, comandada por uma serva de Deus, teve uma experiência com Jesus. Ele não contava muitos detalhes dessa época, mas que tinha um coração ainda muito duro e abandonou a fé e voltou para as drogas. Algum tempo depois, agora já em São Paulo, ficou internado no Desafio Jovem, onde finalmente rendeu-se aos pés do Senhor Jesus. Sabia que ele não fizera nada de bom na vida para merecer que alguém morresse por ele. Quando entendeu que o próprio Filho de Deus morrera por gente como ele, não teve outro recurso que não entregar-se com todas as suas forças a Jesus.

Desde então ele descobrira o amor de Jesus, e se apaixonara por Ele, a ponto de dedicar a sua vida somente para Ele.

Janires era homem de oração. Sentia as dores dos que sofriam com as drogas, com o abandono, com a miséria, com a falta de perspectiva. Era lúcido e imparcial com os orgulhosos, os que se julgavam superiores. De raciocínio claro, tinha sempre uma resposta objetiva, às vezes mordaz, mas incrivelmente oportuna.

Tinha a sobriedade e a firmeza de caráter de um homem experiente, e a vivacidade de quem tinha alguma coisa muito nova e boa pra contar.

Considerava-se totalmente dependente da graça de Deus. Dedicava grande parte do seu tempo ao jejum, à oração e ao estudo da Bíblia. Gastava tempo prostrado diante de Deus, intercedendo pelas pessoas ao seu redor.

Janires não era um homem comum. Ele não se preocupava em casar, constituir família, arrumar um bom emprego, comprar isso ou aquilo, essas coisas que têm tanta importância para nós. Vivia do que produzia. Sua música, seu artesanato: camisetas e impressos em silk-screen. Frequentemente recebia ofertas, às vezes muito boas, mas sempre achava alguém que precisasse mais do que ele daquele dinheiro. Assim como recebia, dava generosamente.

Uma vez, dentro do ônibus, um policial revistando os passageiros, mandou que abrisse a bolsa. Ele aproveitando a oportunidade, falou para o guarda e para os outros passageiros da única arma que ele carregava, que tinha transformado a sua vida: a sua Bíblia. Outra vez fingiu-se de louco, gritando "Jesus, Jesus!" para afugentar marginais que importunavam duas moças em Copacabana. Não tinha medo da "barra pesada". Falava de Jesus para qualquer um, em qualquer lugar. Não perdia oportunidades para contar que Jesus tinha transformado a sua vida.

Janires foi inicialmente rejeitado e até odiado pelas lideranças eclesiásticas que viam nele uma aparente ameaça, por ser tão diferente do comum, mas ganhou o respeito e admiração de todos os que puderam conhecê-lo de perto, por causa da autenticidade de seus atos e de sua fé genuína em Jesus Cristo, e dos frutos que produziu.

Circulava livremente por todas as vertentes denominacionais, desde a tradicional, até a mais renovada, e tinha grande simpatia dos grupos católicos carismáticos. Janires valorizava a unidade da igreja, respeitando as diferenças e peculiaridades de cada grupo. Por isso ganhou o respeito e a simpatia de muitos.

Tinha um impressionante domínio do público. Falava para quarenta mil pessoas com a mesma facilidade com que apresentava Jesus em um diálogo pessoal. Todas as suas apresentações seguiam uma lógica. A seqüência das músicas que cantava era concluída com uma prédica inteligente, poderosa e inspirada, totalmente bíblica, cheia de analogias culturais e temporais que prendiam a atenção dos ouvintes para o ponto central: a confrontação com a realidade de Jesus Cristo!

Em janeiro de 1988, foi chamado pelo Senhor Jesus para a Glória, em um trágico acidente, quando voltava do Rio para Belo Horizonte. De bens materiais não deixou muita coisa, além da velha bolsa e do violão Ovation. Mas um imenso legado, de vidas transformadas pelo seu testemunho e pelo seu exemplo, e pelas mudanças que imprimiu na história da música evangélica contemporânea.

Eu, que escrevo estas palavras, tive o privilégio de conviver durante cinco anos com o Janires. Posso dizer que ele, pelo seu jeito de viver e ver a vida, influenciou tremendamente a formação da minha fé, da minha atual escala de valores, da minha concepção do mundo e do Reino de Deus. Digo isso, não para exaltar a memória de um homem, mas para que Jesus Cristo seja glorificado!

Banda Azul homenageando Janires - Música: "Amigo poeta"
 


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Guilherme Kerr


Biografia

Nasceu em Araraquara - SP em 1953, é formado em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo, fez mestrado em Espiritualidade pelo Regent College em Vancouver - Canadá. Sentiu-se chamado para o ministério integral durante a época em que viajou em equipes de evangelização de Vencedores por Cristo por todo o país , entre 1973 e 1975. Tornou-se missionário de Vencedores por Cristo e mais tarde foi eleito presidente da missão, entre os anos de 1976 até 1981.

Em 1981, foi convidado a integrar a equipe pastoral da Igreja Batista do Morumbi - SP, e assumiu seu primeiro ministério pastoral permanecendo até 1985.

Suas primeiras canções foram registradas no disco "Se eu fosse contar" (1973) e "Louvor I" (1975). Tem se dedicado a escrever letras com conteúdo bíblico e poético. Em 1985, lançou pelo selo IB Morumbi Produções, sua primeira cantata "Vento Livre", baseada no evangelho de João.

No ano seguinte lançaram "Missões e Adoração vol.II", baseado no Livro de Atos. Produziu vários trabalhos através de seu selo: Gkerr Produções, dentre eles o musical "Eram Doze", baseado na vida de cada um dos discípulos de Jesus. Em 1989 produziu a cantata "O semeador e outras histórias que Jesus contou", baseada nas parábolas de Jesus registradas pelo discípulo Lucas. Já em 1992, pela LPC Produções, lançou a "Cantata Luz" - uma experiência musical e poética da ação de Deus na história desde a criação até o Apocalipse.

Guilherme é mais poeta do que músico e quase sempre compõe em parceria com amigos e co-discípulos.

Hoje reside nos EUA, pastoreia a Harbourchurch em Fort Lauderdale . É casado com Sandra Kerr e pai de Cristine, Shaila, Raquel e Guilherme Kerr Jr. Tem 6 netos.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Carlos Sider


Biografia

Nasceu em novembro de 1959, como primeiro filho de uma família que ainda teria outros 2 filhos e uma filha. (Um destes irmãos é Eduardo Sider, que tem sido seu companheiro no ministério musical).

Por seus pais serem evangélicos, foi desde cedo apresentado aos caminhos e princípios de Deus.

Desde que se conhece por gente foi "obrigado" a estudar piano. Estudou durante uns 10 anos. E em alguns destes anos não tinha como escapar das "audições-mico" de fim de ano, quando os professores e os conservatórios promoviam estes programas para mostrar aos pais e "às tias" que milagres eles conseguiram fazer com os alunos.

O fato é que foi crescendo. Estudando na escola, estudando piano, passando pela adolescência e por todas crises e rebeldias típicas da época.

Foi nesta fase que, em 1976, numa semana que passava no Acampamento Palavra da Vida, tomou a decisão mais marcante de sua vida - entregar sua vida pra Cristo. Até então, Carlos conhecia Cristo como sendo a "opção de seus pais". A partir daí começou a conhecer Cristo como o seu Salvador e Senhor. (Clique aqui e veja o seu testemunho).

Desde então começou a se envolver com música e evangelismo. Desde aquela época existia, nascido dentro da igreja que frequentava (Batista Paulistana, na Aclimação, em SP), o grupo Mensagem. Sempre foi um grupo que cantava em tudo quanto era lugar: praças, escolas, faculdades, igrejas, onde Deus abrisse portas. Saíam falando e contando o que Deus fazia em suas vidas. A mensagem que receberam e anunciavam era: que Deus é luz e não há nele treva nenhuma (como em 1 João 1:5).

No final de 1982 formou-se em Engenharia Química e começou a trabalhar nessa área.

Em 1983 se casou com Thelma. Aquela cujo povo tem sido o seu povo, e cujo Deus tem sido o seu Deus.
A atuação com o grupo Mensagem seguia adiante, em 1987, gravaram o disco: "Muita Coisa pra Pensar".

Paralelamente, e sempre mantendo a carreira profissional, concluiu em 1985 sua pós-graduação em Administração de Empresas.

A partir de 1989 começou com a série Fruto de Vida, nesta mesma época teve o privilégio de participar de um monte de outras produções, com Guilherme Kerr, João Alexandre, Jorge Camargo, entre outros.

De lá pra cá, continuou seguindo a fazer o que Deus o chamava a fazer. Ele e Thelma tem 3 filhos, Ricardo, Marina e Cristina. Atua como executivo, como diretor de indústrias químicas.

Atualmente mora em Vinhedo, SP, embora passe boa parte do seu tempo semanal em Curitiba, PR, onde é Diretor de Engenharia de uma indústria química.

Continua compondo e gravando (Clique aqui e veja seus trabalhos). Também gosta de escrever e tem publicado vários artigos cristãos ( http://www.provoice.com.br/ , http://www.blogger.com/www.vidaacademica.net ) e profissionais ( http://www.konzept.com.br/ ).

Fonte: http://www.carlossider.com.br/

Discografia

1989 - Fruto de vida
1996 - Fruto de vida II
2003 - Quando é Deus quem faz
2006 - Diário de bordo
Adquira os CD´s de Carlos Sider aqui: http://www.magnalatina.com.br/lojaprovoice/

Vídeo "não-oficial" da música "Te conheço"


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