domingo, 20 de fevereiro de 2011

Alma e Lua

Biografia Paulinho
Paulinho Alma nasce Paulo César de Oliveira, no dia 19 de fevereiro de 1962, em Casa Branca, São Paulo. Decide ser cantor aos três anos de idade ao assistir o programa “Jovem Guarda” pela primeira vez.
Filho único, frequenta o grupo escolar na E.E. Francisco Eugênio de Lima entre 1969 e 1972; o ginásio, e dois anos do colegial, cursa na E.E. Dr. Francisco Thomaz de Carvalho, concluindo o último ano no Colégio Casabranquense.
De 1970 a 1973 estuda violão clássico com a professora Zara Nogueira de Lima, mas é significativamente influenciado pelo movimento “Revival”.
Na adolescência participa de festivais e eventos locais; influenciado pelo movimento MPB e pela música regional, se dedica exclusivamente ao canto e abandona a idéia de compor.
Parte em busca da carreira solo em 1984, quando conhece Moacir Machado, descobridor da cantora Simone, mas desiste do projeto para seguir com a dupla Alma & Lua.
Paulinho é produtor e compõe a maioria das músicas interpretadas pela dupla; produziu vários artistas iniciantes e, atualmente, trabalha em Campinas na LPC Comunicações.

Biografia Rah Lua
Aos vinte e um dias do mês de agosto de mil novecentos e cinquenta e oito nasce, na cidade de Casa Branca, interior de São Paulo, Aparecida Donizeti DʼOliveira. Cursa o grupo escolar e o ginásio, entre 1965 e 1972, na EE Dr Francisco Thomaz de Carvalho; nas horas livres vende doces caseiros pelas ruas da pequena cidade para, com o lucro obtido, comprar enfeites natalinos e material escolar.
Em 1975 conclui o colegial na Escola do Comércio de Casa Branca e passa a trabalhar em escritórios contábeis, auxiliando o pai na despesa doméstica e custeando as próprias.
Na escola ganha o apelido de Rah – extraído de Rached, uma alusão ao jogador de basquete Emil Rached, por ser a mais alta entre as colegas.
Filha do meio em uma família de três irmãos, tem seu primeiro contato com a música no próprio lar: seu pai, um contabilista autodidata, integra um trio caipira formado por membros da família, que é apaixonada por música raiz. Daí, foi apenas um passo para logo ser descoberta pelos músicos da cidade – que, diga-se de passagem, sempre foi muito cultural – e começar a participar de festivais pela região, ora como intérprete, ora como vocalista de eventuais grupos formados para esse fim.
No final dos anos 70 se aproxima de um grupo de artistas locais liderado por Paulinho Alma – na época, Paulo Ferrovelho – e passa a integrar definitivamente sua banda; participam juntos de vários shows e festivais, e realizam vários experimentos em dueto. O relacionamento musical os leva ao namoro em 1978; ao noivado, em 1984; e ao casamento, realizado no dia 24 de novembro de 1989.
Mãe de Roberta Indiana - nascida em 14 de setembro de 1993.

Biografia Alma e Lua
A dupla Alma & Lua nasce em janeiro de 1984 na cidade de Casa Branca, interior de São Paulo, para participar do Primeiro Festival Sertanejo da cidade. O casal é introduzido no meio artístico pelo então diretor da gravadora 3M, Moacir Machado - descobridor da cantora Simone - e, em 1986, a convite do produtor musical Mickael, grava o primeiro álbum, que é lançado em 1989 e se mantém por dois anos nas paradas de sucesso das principais emissoras de rádio do país.
Um novo disco é lançado em 1991; Paulinho e Cida (Rah, para os íntimos) se convertem ao cristianismo e congregam em uma pequena comunidade neopentecostal.
O ministério musical absorve a carreira secular no final de 1995; tornam-se membros da Primeira Igreja Presbiteriana de Casa Branca em 1996 e, com o apoio do pastor Sérgio Paulo Martins do Nascimento, lançam os cds “Caras Pintadas” (1997), “Desperta, América!” (1999) e “Sobrenome: Vento” (2001), todos pelo sêlo LPC Comunicações, com produção executiva de Celsino Gama.
Em 2011 o casal inaugura o próprio selo e lança o álbum “Vanilla Jukebox”, um apanhado de suas canções em nova produção, excluindo do catálogo os três álbuns anteriores.

Discografia
1989 - Alma & Lua – vol. I
1991 - Alma & Lua – vol. II
1997 - Caras Pintadas
1999 - Desperta, América!
2001 - Sobrenome: Vento
2011 - Vanilla Jukebox

Loja Virtual
CD Caras Pintadas
CD Desperta América
Para adquirir os outros títulos, entre em contato diretamente com a dupla
Telefone: (19) 3671 4708

Alma e Lua na web
Site oficial (Novo)
http://www.almaelua.com.br/
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Programa Plataforma - Música: "Deus faz novo o velho povo que escolheu"

 


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Entrevista - Elly Aguiar

O MPB Santo inaugura mais uma seção em seu blog.
Na seção "entrevistas" você conhecerá um pouco melhor sobre os músicos cristãos brasileiros.
Para iniciar, entrevistamos o músico Elly Aguiar que foi o idelizador desta seção. Para agradecê-lo pelo incentivo e apoio, nada mais justo do que começarmos por ele. Valeu Elly!



MPB Santo - Quem é o Elly Aguiar?
Elly Aguiar - Um cara simples, que tem hábitos simples, vivo uma vida humilde, sou administrador, casado há 10 anos com Karen Aguiar que é advogada, frequentamos a igreja Comunidade de Jesus em São Bernardo do Campo e não temos filhos.

MPBSFale-nos um pouco sobre sua formação e carreira musical.
EA - Não tenho formação escolar regular, aprendi música de forma intuitiva, ouvia meu pai e minha mãe tocarem, e quando eles saiam eu ia pro violão, piano ou acordeon, repetir o que eles tocavam. Isso me acompanhou a vida inteira e ainda hoje faço isso, quando uma melodia ganha meus ouvidos, chego em casa e não sossego enquanto não toco.
Quando já tocava um pouquinho, comecei a me arriscar na igreja, ouvia os músicos e tentava reproduzir o que eles faziam em casa. Meus pais diziam que era uma criança obstinada, não era muito de brincar, minhas brincadeiras era com os zilhões de instrumentos que tinha em casa, fui brincar um pouco, na adolescência. Nos anos 80 era comum, o chão de casa estar forrado de coisas como, acordeons, violão, guitarra, bandolim, flautas de madeira, clarinetes, trompetes, trombone, órgão. Minha casa era uma espécie de bolha musical, eu ficava maluco com aquilo (risos. . .).
Sobre melodias, minha relação com elas sempre foi visceral e se preciso ficaria um mês pra tirar um som, e não sossegava enquanto não reproduzia aquele som que estava na minha cabeça.
Em casa, quando o som não estava rolando, com minha mãe no acordeon ou cantando, ou meu pai tocando algum dos muitos instrumentos, então o som vinha do rádio, era comum minha mãe estar na cozinha preparando alguma coisa, e ouvindo a rádio Marumbi de Curitiba, em ondas curtas, e eu ficava na sala com o violão tocando acompanhando as coisas que tocava no rádio, à vezes tinha que mudar a afinação pq não batia com a padrão. O rádio me ajudou a sair do universo das canções apenas da igreja, eu aprendi outras coisas, e desenvolvi muito a percepção.
Quando fui convidado pra tocar contrabaixo na banda da igreja, eu já tocava muito bem, mesmo não tendo o instrumento, e sempre foi assim, nunca tive dificuldades de aprender um instrumento, e reconheço isso, como um dom do Senhor.
Creio que isso está impresso no DNA da nossa família, meu pai tinha tios no sertão do Ceará que eram exímios instrumentistas e jamais passaram por uma escola formal, alguns não sabiam nome das notas, e, tocavam banjos, violinos, pandeiro, e acordeon, o mais expressivo foi Julinho do Acordeon, que foi descoberto por Luiz Gonzaga no teatro José de Alencar em Fortaleza, por volta dos anos 50. Do forró lá da serra, ele se transformou num grande concertista mundial, tendo tocado com principais orquestras, em quase todas as salas de concertos ao redor do mundo.
Meu pai é um maestro (sempre trabalhou com coral) é multi instrumentista, minhas irmãs cantam e tocam mais de um instrumento, minha mãe canta e toca acordeon, então é tudo música.
Na adolescência, os irmãos do meu pai, me apresentaram o rock de Jimi Hendrix, Led Zepelin e Deep Purple, e daí pra frente a coisa mudou, cresci, e rodei o circuito de bares do ABC e São Paulo, toquei em bandas de baile, trabalhei acompanhando pequenos artistas, e a intimidade com repertórios que iam de Brega a Metal, me ajudou ainda mais no meu desenvolvimento como músico.
Um pouco mais tarde, percebi que tinha um chamado do Senhor pra atuar com música na igreja, voltei a caminhar com Jesus, voltei a compor, por volta de 2003 já tinha umas 50 canções, então surgiu o desejo de compilar algumas e fazer um CD. Nunca pensei em ser um cantor, sou um músico que compõe, e que canto minhas canções. Não vejo isso como uma carreira, sinto que tenho um chamado pra trabalhar na área de música e tenho atendido a esse chamado, dispondo quando é possível, os dons e talentos que Deus me deu.

MPBSQuais são suas influências musicais?
EA - Cara eu ouço de tudo, gosto do som de Dominguinhos a DimeBag Darrel do Pantera, de Jackson do Pandeiro à Jimi Hendrix, de Luiz Gonzaga à Funk Music dos Anos 60 e 70 dos artistas da gravadora Motown, gosto de música do interior do brasil, de coisas como FRED 04, Jorge do Peixe, e Nação Zumbi, admiro artistas caipiras como Pena Branca e Xavantinho, Tonico e Tinoco, tenho devoção pelo som dos violeiros Almir Sater, Paulo Freire, Brás da Viola, gosto de algumas coisas de MINAS, também ouço coisas como a country music de Tim O Brien, sou muito influenciado, pelo rock de bandas como Police, U2, RUSH, Gênesis, Led Zeppelin, Deep Purple, Golpe de Estado, (nasci no ABC paulista do berço do rock paulista e movimento PUNK, não preciso dizer muita coisa, neh?) e curto também coisas bem pesadas, como: Megadeth, Pantera, Rodox, mas sou muito chato com metal não gosto de qualquer coisa não, sou um apaixonado por som POP dos anos 70, 80, 90, coisas como Eart Wind and Fire, Cool and Gang, Prince, enfim. . coisas que tocavam nas rádios naquela época.
De música cristã, sou crica, não gosto de muitas coisas, ouvi muito o Rebanhão dos anos 80, o VPC acompanhei até 2000 e alguma coisa, e os outros são: Sérgio Pimenta, Bomilcar, Heder, e quase tudo o que o João Alexandre produziu, cara, o Milad era demais, o Quarteto Vida era uma doidera, adorava aquelas coisas malucas, aqueles arranjos maravilhosos, infelizmente a música cristã cresceu, mas muito pouco em qualidade, sempre que quero me surpreender pego um bolachão do Quarteto Vida, Milad, Fruto da Semente, aí sempre ouço algo que ainda não tinha ouvido é impressionante.

MPBSQuais bandas/músicos você tem ouvido ultimamente?
EA - Nunca fui de ouvir muita coisa cristã, sou fiel aos caras que sempre ouvi (Rebanhão das antigas, Pimenta, Heder, Bomilcar, João Alexandre, Sider, Gérson Borges), pq não mudaram sua teologia, mas existem coisas maravilhosas acontecendo como o Stênio Marcius, o Diego Venâncio que fez um 2o disco lindo, o Fabinho Silva está escrevendo muito, gosto das coisas do véi Tiago Vianna, do Gladir Cabral que é um poeta com sensibilidade ímpar, do som do Eliézer Venâncio do Bruno Albuquerque do Rio, meu querido Edu Mano, além de ser uma pessoa sensacional tem feito música pra valer, gosto das coisas que o Paulinho e os meninos do CROMBIE lá de Niterói fazem, do som do Marinaldo Cardoso, e vocês precisam ouvir o som do Mari, é demais. . . Esses dias chegou aos meus ouvidos o 2o som do Claudio Martos, que está muito legal, o Claudio é um cara que sempre me surpreende com coisas boas sabe, cara?
A Ju Bragança minha amiga querida, que tem uma personalidade fortíssima com sua música que enche os meus ouvidos, e ela vem aí com um cd maravilhoso. . . gosto muito das coisas do Dênis Campos meu parceiro, muleque novo, mas cheio de pegada intimidade com Deus e personalidade. Gosto de um trio do nordeste chamado Art trio, eles são ótimos, a música maravilhosa.
Das gringas ultimamente tenho escutado o som da Sara Grooves, e estou com os 3 cds do RODOX em mp3 no meu player, esse último é uma banda não cristã. É o projeto do Rodolfo Abrantes após ter se convertido, eu comprei esses cds logo que saíram, mas não tinha paciência de ouvir na época por conta do barulho que a mídia fez, agora a poeira baixou eu ripei esses cds e estou ouvindo, é o registro de uma fase muito legal, descobri recentemente o som do POD que é sensacional, são guitarras muito pesadas e Jesus sem rodeios, tem coisas como Joel Hanson, Amy Grant, Crystal Lewis, Stevie Curtis Chapman, Vincent Gil, que meus ouvidos sempre estarão atentos ao som deles.
De música de fora do contexto cristão, ouço o rei do baião, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Infectious Grooves, Led, Purple, Hendrix, Megadeth, Pantera, Eart, Wind and Fire, Red Hot Chilli Pepers, Lenine, Clapton, Jeff Beck, Prince, Malmsteen, Allan Holdsworth, G. Benson, Ray Vaugahn, Coltrane, Van Halen, Take Six, Charlie Parker, Scoth Henderson, muita coisa nacional, como Ed Motta, Tim Maia, enfim muita coisa. . . se quiser saber melhor a lista está aqui: http://ellyaguiarmusic.blogspot.com/2010/12/o-que-voce-escuta.html

MPBSQuais as vantagens e desvantagens em ser um músico independente?
EA - O querido João Alexandre costuma dizer uma frase que eu gosto muito: "O artista independente, é totalmente dependente. . ."
A vantagem é que você compõe as canções, faz a produção musical, concebe o conceito da capa, vende os cds, divulga as apresentações, e a desvantagem é que você compõe as canções, faz a produção musical, concebe o conceito da capa, vende os cds, divulga as apresentações, entendeu?
Não é possível fazer tudo bem, e por questão de falta de recursos, ou até por medo de abrir sua arte a outros, os artistas independentes se vêem na situação de fazerem tudo. Às vezes a coisa funciona, muitas vezes não. Para isso, é bom ter alguns cuidados, e ser muito criterioso, algo que acho salutar, é expor suas idéias a outros artistas mais experientes, ouvir o que as pessoas tem a dizer a seu respeito, colher informações, se analisar, observar o que pode ser feito melhor, trabalhar com um planejamento, e estar rodeado de gente boa.
Ouvir é muito importante, e o principal problema é que grande parte dos artistas gostam muito de falar, e pouco de ouvir. Tapinhas nas costas e afago no ego é gostoso, mas uma crítica forte, nos faz pensar, nos faz descontruir e reconstruir coisas, mas essas críticas que muitas vezes são desprezadas, podem ser o fiel da balança, e a salvação da lavoura, num trabalho independente.
Sempre que tenho oportunidade faço isso com algumas pessoas, o Diego Venâncio e Sara Muller sempre me ajudam com feedbacks, falam das coisas legais e ruins, apontam oportunidades de crescimento, melhorias, o que está legal e o que precisa ser cuidado, me apoiam, me incentivam e me abençoam com suas vidas, isso é verdadeiramente importante.

MPBS - Como a mídia cristã tem tratado o músico independente?
EA - Ótima pergunta: A mídia cristã é toda segmentada, de acordo com orientações teológicas, e essa segmentação acontece de forma igual com as igrejas: Então se tem: reformadas, históricas, pentecostais, neopentecostais. Cabe ao artista independente, entender qual segmento pertence, e bater na porta da mídia correta, do contrário, ele terá uma grande chance de tomar uma portada na cara, eu já tomei várias, agora me conscientizei disso (risos)

MPBSO que você acha do cenário musical cristão atual brasileiro?
EA - Acho que o cenário ruim e bom, explico: Ruim por que a força do dinheiro, está com as gravadoras, que criam artificalmente artistas, e criam demandas para esses artistas, o pior, forma opiniões, compram espaços em revistas, e críticos musicais, pagam rádios especializadas, e de tanto tocar certas canções as pessoas terminam internalizando aquela grozelha, e terminam gostando, e consumindo o produto deles. Esse é o lado ruim, como a música é uma extensão da teologia que se prega, então se a teologia não presta, a música vai na mesma batida.
Me preocupa, quando às vezes, a TV mostra um artista não cristão cantando uma música "cristã", eu me arrepio, por que quase sempre, o que se canta é teologicamente ruim, isso é muito triste. Se alguém que tem a mídia geral na mão, propaga coisa ruim, é possível que se tenha gerações de pessoas atingidas por coisas dúbias, com crenças dúbias, é nisso que mora o perigo.
Por outro lado, vejo Deus fazendo coisas malucas, trazendo caras com testemunhos impactantes como o Catalau - Ex-Golpe de Estado, Rodolfo Abranches- Ex-Rodox e Ex-Raimundos, o Brian Headge - Ex-Korn, e a verdade de Deus em suas vidas foi algo tão impactante que romperam com suas bandas no ápice da carreira, e passaram a andar com Jesus, e não há testemunho melhor do que esse.
Outra coisa que me alegra é saber que existe um movimento musical acontecendo nos vários estados desse país, através de artistas independentes, são caras na maioria sem recursos, mas que tem conteúdo e vida, já percebo um certo cansaço da igreja com a música puramente comercial.
Percebo caras novos, molecada com um nível de intimidade e paixão por Jesus que contagia. Oro ao Senhor que continue levantando caras, apaixonados pelo evangelho simples e genuíno de Jesus Cristo de Nazaré, e que o Senhor una, essa turma, cada vez mais

MPBS - Quais bandas/músicos cristãos emergentes você indica para ouvirmos?
EA - Cara, o meu critério está balizado na seguinte premissa, ouço coisas que conectam o me coração ao coração de quem está ali passando a mensagem, se a mensagem é verdadeira, ela busca a verdade que existe no coração do outro, e isso independe de ser ou não cristão.
Precisamos entender melhor sobre graça, Deus deu a todos talentos (aos da igreja e aos de fora dela), e precisamos tirar esse tapa vistas que segmenta, facciona, divide. Muitas foram as vezes que fui às lágrimas ouvindo canções, que não eram cristãs propriamente ditas, mas o valor cristão estava tão enraizado ali, que ouvi Deus falando diretamente comigo através daquilo, entende?
No MPBSANTO existe gente boa pra valer, faria um playlist com todo mundo que está no BLOG, e indicaria todo mundo ali sem problemas.

MPBS - Com a massificação da música "gospel", hoje em dia existem vários músicos e bandas espalhados por aí. O que pode ser um diferencial para um músico que está começando agora?
EA - Ser fiel ao Senhor, não negociar a palavra de Deus, em qualquer que seja a circunstância, ser fiel a si mesmo, respeitar as pessoas e a música. Ter uma proposta honesta, e estar atento às novas mídias, como Facebook, Youtube, Twitter, Orkut podem ser um diferencial.

MPBS - Qual é o seu processo de composição? Primeiro faz a letra e depois musifica ou faz o contrário ou não segue nenhum padrão?
EA - Não sigo nenhum padrão, às vezes uma música surge como uma revelação de Deus como a música NA TUA CASA, que escrevi letra e música numa pancada só, depois de um devocional. Mas às vezes faço só a letra, depois a melodia, tenho melodias guardadas há 15, 20 anos, e de repente aparece uma situação e escrevo algo que casa como uma luva para aquela melodia, ou vice e versa. Tenho feito musica com parceiros, com o Isaias de Oliveira e o Denis Campos e também não seguimos padrão nenhum, o que aparecer primeiro agente faz.

MPBS - Viajando o Brasil afora o que você tem percebido da música dentro da igreja? Você acha que os grupos de louvores tem se preocupado com a técnica musical ou falta estudo? E sobre as músicas que tem sido tocadas?
EA - Tive oportunidade de rodar pedaços do Brasil ao lado do amigo Gérson Borges (Minas e Rio) e um pouco com o Diego Venâncio (Curitiba), um pouco nas minhas muitas viagens ao Nordeste, observei que a música do ponto de vista técnico, tem melhorado.
Com a velocidade da informação (INTERNET), os músicos de forma geral estão tendo mais acesso a materiais escassos décadas atrás, existe maior assessibilidade a aulas, e a profissionalização.
Outra coisa que tem acontecido, com a estabilização econômica nos último 20 anos, o país tem crescido em cultura (não na velocidade que deveria, por que o investimento ainda é ínfimo e mal utilizado), mas, como parte dos músicos que atuam na igreja também atuam fora, com mais oportunidades de tocarem, vão ficando mais experientes, e teem a oportunidade de melhorar, aprender com outros que estão a mais tempo no ofício, enfim, mas nem sempre essa melhora tem relação com qualidade espiritual.
Tenho amigos espalhados por igrejas do Brasil afora, e às vezes eles me ligam compartilhando apertos que passam na área de música de suas igrejas locais, coisas que vejo acontecendo pertinho de mim.
A música é uma arte que tem haver com exposição de imagem, e precisamos cuidar, por que estamos pisando muito próximo de uma linha tênue e perigosa, a auto estima é necessária, mas excesso de auto estima é egoísmo, egocentrismo, e sempre que o ego está na pauta, existe limitações da operação do Espírito Santo, não somos nós que fazemos nem nossa música, quem faz é o Espirito de Deus.
As pessoas precisam entender que a igreja não é o seu palco de shows, às vezes vou a cultos, e vejo shows, às vezes vou a shows e vejo cultos, precisamos cuidar com isso, a pessoa que está procurando Jesus, procurando uma esperança, quase sempre está acostumada a ver shows seculares de qualidade, e não uma bandinha ruim, tentando imitar o U2 no domingo a noite.
Há ainda muita gente na área de música das igrejas que pensam que o preparo técnico, os habilitam espiritualmente, essas pessoas precisam entender que, técnica sem unção de Deus não é nada, e não se faz música apenas com unção de Deus, é necessário uma orientação nesse sentido. Do contrário, o grupo de louvor vira um cabo de força, onde o que permeia são as razões de cada um, e isso é muito forte na igreja atual, todo mundo se acha músico.
Sobre o que está sendo tocado no culto de domingo a noite, percebo agora, um pouco mais de preocupação e critério por parte dos pastores. Não adianta ter um sermão maravilhoso, com profundidade, explanação contextualizada, e uma música cheia de heresias totalmente contrária ao que se está sendo pregado, e o contrário também é válido, mas nisso percebo uma grande melhora.

MPBS - Conte-nos sobre a produção do “Na Tua Casa”. Quem participou, como aconteceu e por que você perdeu duas músicas que estariam no projeto?
EA - Comecei a pensar em fazer um CD quando comecei a receber vários convites para tocar, na época, ano de 2006, estava tocando o repertório de A Volta do Filho Pródigo com o Gérson Borges. Com esse repertório, rodamos muito, fiz com ele, quase uma centena de apresentações, então no musical tinha a minha música NA TUA CASA, e terminei ficando um pouco conhecido por conta dessa música.
Passei a receber convites para fazer apresentações, e naquele ano de 2006, mesmo sem o CD cheguei a fazer 20, e sempre as pessoas cobravam, então decidi depois de um tempo de oração, fazer o CD.
Juntei as músicas montei um conceito, contatei algumas pessoas na época, e terminei fechando parte dos arranjos e a produção com o Jorge Ervolini, e apartir daí as coisas aconteceram muito rapidamente, num periodo pequeno com a ajuda de alguns amigos, consegui levantar os recursos, e em 15 NOvembro/2007 seguimos para Recife para produzirmos o trabalho.
Segui para Recife com o Cacau Santos (meu cunhado) e o Jorge Ervolini, fechamos um estúdio, e começamos a gravar, fizemos tudo em 50 horas, e algumas coisas foram feitas ao mesmo tempo em SP com músicos daqui e encaminhadas para nós lá em Recife, no momento em que fomos juntar o que tinhamos feito em Recife com o que tinha sido feito em SP, houveram alguns problemas técnicos que devido ao cronograma apertado não foi possível corrigirmos, na epoca, fiquei muito triste, por que perdi a canção a qual tinha a participação especial de um grande amigo, e nessa faixa tambem tinha a guitarra que fiz, enfim.
Hoje consigo entender, que houve um erro no projeto, deveria ter considerado margens de segurança, e com a correria, deixei isso de lado, mas o CD me traz grande alegria, por que as canções que amo, com os arranjos que sonhei, e com músicos maravilhosos executando, estão lá, para serem ouvidas, apreciadas e vividas.
O Cd tem participação do amigo Ogair Jr nos pianos, Cézinha Silveira (Acordeon), meu cunhado André Luiz no Sax, Helinho Silva - Contrabaixo, Dedei no Baixo, meu cunhado Cacau Santos - Guitarra/Violões e produção, Marcelo Pereira - Bateria, Jorge Ervolini Guitarra Produção/Arranjos e Direção e André Miau percussão - e logicamente o Elly AGuiar voz, violões em DADGAD, guitarra - Baixos e Produção juntamente com o Cau e o Jorge.
Por questões de saúde e trabalho, logo após o lançamento em 2008, senti um hiato muito forte, as portas foram se fechando, eu batia e nada acontecia, pedi pra tocar em vários eventos, igrejas, as pessoas sequer respondiam, então o evento chegava e meu nome não estava relacionado, isso foi me entristecendo, ao ponto de ficar sem tocar por meses o repertório do meu CD.
Foi um tempo muito estranho, a principio fiquei sem entender, depois aos pouquinhos Deus foi tratando comigo, e por isso, toquei bem pouco o CD, mas com muita oração, e paciênca, estou retomando agora em 2011, com uma banda nova, novas canções, e o repertório do CD NA TUA CASA todo reformulado para uma situação de trio. Estou orando, contanto com os amigos, e tentando montar uma agenda.
Estou feliz com a possibilidade de cair na estrada novamente, meu coração está cheio de esperança, o fogo do deserto o qual fui submetido nos últimos 2, 3 anos, queimou muita coisa, mas não a vontade de adorar ao Senhor com meus irmãos, e é com esse espírito e coração, que boto o pé na estrada novamente.

MPBS - Deixe um recado para os leitores do blog MPB Santo.
EA - Ame a Jesus, seja honesto com Deus, ame o seu próximo, seja honesto com suas convições, mesmo que suas convicções sejam instrumentos para outras pessoas te apedrejarem, te botarem na geladeira, não importa, Deus não coloca!
Seja honesto com você mesmo, jamais negocie a verdade da palavra de Deus com nada, e você irá se surpreender!

Para conhecer mais sobre o músico Elly Aguiar, acesse:
http://www.wix.com/ellyaguiar/ellyaguiar
http://www.ellyaguiarmusic.blogspot.com/

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Diego Venâncio

Biografia / Release

Diego Venancio
Filho de Jairo Venancio Silva e Aparecida Moreno Silva, tem 31 anos.
É violonista e professor de violão.
Começou seus estudos aos 9 anos de idade e tem formação popular na Escola Livre de Música em Santo André e erudita tendo estudado no curso técnico da Fundação das Artes de São Caetano do Sul e com o professor Henrique Pinto.
Tem dois cds gravados. 1º CD Expressão e 2º Calar dos Ruídos.
Integrou ao grupo “Vencedores Por Cristo” como guitarrista durante 2 anos (de 2004 a 2006).
Atualmente acompanha o compositor Stênio Marcius juntamente com sua esposa Sara Müller que é flautista.
É formado em Design Multimídia pela Faculdade Senac.
Fez a trilha sonora do curta metragem "Mero Detalhe".
Já participou durante 3 anos do quarteto de violões da Fundação das Artes de São Caetano do Sul, o qual em outubro de 2002, foi premiado com o 1° lugar do “XIII Concurso Nacional de violão do Conservatório Souza Lima” competindo com violonistas de todo o Brasil.
Em 2003 foi finalista no “XIV Concurso Nacional de violão do Conservatório Souza Lima” na modalidade solo.
Também é produtor musical, produz cd's e faz arranjos.
Atualmente frequenta O Caminho da Graça.

Discografia:
2007 - Expressão
2009 - Calar dos Ruídos

Diego Venâncio na web
Blog:
http://www.diegovenancio.blogspot.com/
Flickr:
http://www.flickr.com/diegovenancio
Youtube:
http://www.youtube.com/diegovenancio1

Contato
e-mail: diegovenanciosilva@gmail.com
Fone: (11) 8632-0966 / (11) 3476-7516

 Programa Plataforma - Música: "Me calar é a saída"




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